segunda-feira, 9 de junho de 2008

Pela volta dos bidês!

Já há algum tempo eu venho assistindo calado à diminuição acelerada dos bidês nos banheiros domésticos brasileiros. Poderia me enveredar pelo caminho da argumentação de que, essa iminente extinção, é a queda de mais um dos símbolos que representam resistência ao capital imperialista americano. Que estamos correndo o sério risco de vermos por terra um importante símbolo de distinção contra o gosto duvidoso americano. Afinal, eu não poderia deixar de expor uma famosa e deliciosa estória familiar, que minha mãe sempre me contava. Ela dizia que uma vez, anfitrionando uma americana esposa de um cliente de meu pai, levou a dita senhora para conhecer a casa e, quando chegaram ao banheiro, a americana com ar de nítida curiosidade perguntou, apontando para o bidê:
- “Oh… how sweet! Is this to put the baby in?”
Ao que minha mãe, meio que pega de surpresa, respondeu:
- “No… it’s to put the baby out!”
Mas, não vou seguir por este caminho! Minha indignação, ou melhor, meu desgosto, ao constatar que o sumiço desse importante aparelho é coisa de mais ou menos dias, é, principalmente, sob o ponto de vista do conforto!
O bidê tem inúmeras conveniências. É uma das coisas mais úteis do banheiro. Assim, de cabeça, eu me lembro, por exemplo, de vários usos, fora, claro, o ortodoxo: de proporcionar, tanto às mulheres, como aos homens, o refrescante e consagrado “meio banho”.
Senão, vejamos:
· Para lavar e escaldar os pés;
· Como apoio de pé para cortar as unhas;
· Como assento enquanto seca o cabelo;
· Como revisteiro;
· Como cesto de roupa suja;
· Para deixar uma roupa de molho;
· Como reservatório quando há um aviso de falta d’água.
Enfim, essas conveniências são aquelas que me vêem agora, mas tenho certeza que cada um tem um uso particular, às vezes até reservado.
Por essas razões e, também, por achar que um banheiro sem bidê não tem o mesmo charme e, ainda, porque o fato de quererem deixar de fornecê-lo nas casas de banho modernas tem como um dos motivos a redução da área em metros quadrados desse importante cômodo de uma casa, que resolvi iniciar um movimento pela volta dos bidês.
Minha intenção é de iniciar já um abaixo assinado em favor da votação de um projeto de lei que determine a obrigatoriedade da previsão em planta de, no mínimo, um bidê por banheiro.
Você - que concorda comigo e, assim como eu, vem lamentando em silêncio esse triste acontecimento - convoco sua adesão!
Para formalizar sua inconformidade, favor deixar em “comentários” seu nome, endereço e número de seu título eleitoral.
Juntos, podemos mudar esse país!

3 comentários:

Anônimo disse...

Como fumante tenho uma utilidade boa para o bidê: cinzeiro.
Nada como ouvir a água que faz tzzzzz e sem dó apaga o cigarro.
Gostei do texto. Bidê já!
Assinado: Camila Koester Pati
título de eleitor: ai meu sei lá
endereço: da casa? do trabalho? ou da academia?

Melina Tandaya disse...

Puxa Nelson, como sua amiga e fã queria muito aderir a esse seu movimento, mas não acho o bidê uma necessidade, prefiro essas duchinhas q hj são presas ao lado do vaso, são praticas, não ocupa espaço e poderia dizer,mais higiênicas?!?! Entendo que o bidê tem lá suas conveniências,eu por exemplo adorava jogar roupa suja nele...rss anyway .. fico devendo nessa.. mas vá em frente... a propaganda é a alma do negócio... bjs Melina

japinha disse...

as jatinhos de água que vêm de CIMA para BAIXO são mais saudáveis dos q vêm de baixo (acumulando bactérias) para cima...
mas q vai dar saudade dos bidês, ahh isso vai.
abç Nersito
japita