No fundo todos nós queremos difundir nossa concepção particular dos fatos. Essa difusão significa a transmissão, verbal ou não, do nosso ponto de vista, sobre como enfrentar a vida. O resultado de uma espécie de manual prático individual.
Através dos vários relacionamentos que vamos tendo, pinçamos algumas coisas que aprendemos de uns, aproveitamos grandes lições de outros e assim com as experiências adquiridas nos transformamos e, por conseqüência, aos poucos vamos re-escrevendo o nosso manual.
Ao mesmo tempo e de forma idêntica, interferimos nos manuais dos que nos rodeiam. Entender o outro é a maneira menos traumática de conviver em sociedade.
Os missionários, todavia, não se limitam a expor e também não querem a própria transformação, almejam somente o convencimento e a mudança de seus interlocutores. Para eles só existe a sua verdade (deles). E, por pensarem conhecê-la, por acreditarem deter o privilégio de acesso ao fato absoluto, sentem-se compelidos a revelar essa descoberta, indistintamente. Sem cerimônia!
Com banners que chamam ao supremo. Com slogans que dizem que o que revelam espelha a verdade, aquilo que ao se saber tudo transforma e renova. Intitulando-se a Salvação! Olham com ar de superioridade para os pagãos. Por isso que se acham no direito de agir sem cerimônia.
É comum nos grandes centros vermos missionários em seu estado mais avançado. Desde a praça central, até nos largos dos monumentos, são muitos os que gritam aos quatro ventos. Gritam, com todos seus pulmões, berram o mais alto que podem seus estribilhos fatais e o caminho do céu. Para quem simplesmente passa e presencia, é muito difícil ter empatia.
Neste caso, é arriscado sentir o que o outro sentiria se você estivesse na pele dele!
Da mesma maneira que não dá para ficar com pena de todo mendicante de farol – sem que com isso se concorde com a injustiça social – não dá para ficar ouvindo todo pregador de esquina. Em nome da sanidade, ninguém merece!
Se existe só uma verdade, é a que diz que os seus próprios donos não evoluem.
São esses os pastores! Só assim é compreensível alguém pensar que pode transmitir a verdade única. Acreditam serem seus donos.
Na realidade o que ocorre não é transmissão. Não se transmite nada, espera-se, simplesmente, que o intranqüilo caia na trama. Afinal, a tranqüilidade e a saúde, são passageiras! Sob a capa da compreensão, da aceitação da vida pregressa, do perdão aos crimes, enfia-se goela abaixo um novo manual de comportamento a ser seguido.
O público alvo, portanto, é a humanidade! E o jogo é de poder!
Através dos vários relacionamentos que vamos tendo, pinçamos algumas coisas que aprendemos de uns, aproveitamos grandes lições de outros e assim com as experiências adquiridas nos transformamos e, por conseqüência, aos poucos vamos re-escrevendo o nosso manual.
Ao mesmo tempo e de forma idêntica, interferimos nos manuais dos que nos rodeiam. Entender o outro é a maneira menos traumática de conviver em sociedade.
Os missionários, todavia, não se limitam a expor e também não querem a própria transformação, almejam somente o convencimento e a mudança de seus interlocutores. Para eles só existe a sua verdade (deles). E, por pensarem conhecê-la, por acreditarem deter o privilégio de acesso ao fato absoluto, sentem-se compelidos a revelar essa descoberta, indistintamente. Sem cerimônia!
Com banners que chamam ao supremo. Com slogans que dizem que o que revelam espelha a verdade, aquilo que ao se saber tudo transforma e renova. Intitulando-se a Salvação! Olham com ar de superioridade para os pagãos. Por isso que se acham no direito de agir sem cerimônia.
É comum nos grandes centros vermos missionários em seu estado mais avançado. Desde a praça central, até nos largos dos monumentos, são muitos os que gritam aos quatro ventos. Gritam, com todos seus pulmões, berram o mais alto que podem seus estribilhos fatais e o caminho do céu. Para quem simplesmente passa e presencia, é muito difícil ter empatia.
Neste caso, é arriscado sentir o que o outro sentiria se você estivesse na pele dele!
Da mesma maneira que não dá para ficar com pena de todo mendicante de farol – sem que com isso se concorde com a injustiça social – não dá para ficar ouvindo todo pregador de esquina. Em nome da sanidade, ninguém merece!
Se existe só uma verdade, é a que diz que os seus próprios donos não evoluem.
São esses os pastores! Só assim é compreensível alguém pensar que pode transmitir a verdade única. Acreditam serem seus donos.
Na realidade o que ocorre não é transmissão. Não se transmite nada, espera-se, simplesmente, que o intranqüilo caia na trama. Afinal, a tranqüilidade e a saúde, são passageiras! Sob a capa da compreensão, da aceitação da vida pregressa, do perdão aos crimes, enfia-se goela abaixo um novo manual de comportamento a ser seguido.
O público alvo, portanto, é a humanidade! E o jogo é de poder!
Só peço a Deus um pouco de lucidez para não cair nessa trama! Não aceito a seita imposta. Estou construindo a minha própria. Na verdade só quero o direito de exercitar meu livre arbítrio.
Olho em volta, vejo em família, no meio de amigos, nos ambientes de trabalho, dentre conhecidos e percebo quantos os missionários. São pessoas próximas, catequistas de suas próprias doutrinações.
Durante o auge do século passado surgiu o manifesto que pregava a paz e o amor, que rompeu com o romance da figura do guerreiro e do caçador, a tourada virou uma violência desnecessária, a guerra foi finalmente vista feia e a matança de inocentes considerada injustificável.
Olho em volta, vejo em família, no meio de amigos, nos ambientes de trabalho, dentre conhecidos e percebo quantos os missionários. São pessoas próximas, catequistas de suas próprias doutrinações.
Durante o auge do século passado surgiu o manifesto que pregava a paz e o amor, que rompeu com o romance da figura do guerreiro e do caçador, a tourada virou uma violência desnecessária, a guerra foi finalmente vista feia e a matança de inocentes considerada injustificável.
Os conceitos de paz e de amor foram simplesmente repetidos mais uma vez. Foram muitos os personagens que, ironicamente, na mesma medida dos pregadores das praças públicas, repetiram essas revelações, com toda força de seus pulmões, difundindo o princípio do deixar viver, do respeito à individualidade alheia, do direito de ser diferente. Enfim, do livre arbítrio!
Alguns definem o livre arbítrio como a experiência da liberdade.
Alguns definem o livre arbítrio como a experiência da liberdade.
Não há espaço para missionários na liberdade.
Um comentário:
por tudo isso meu manual prático individual é escrito a lápis, assim como minha agenda de telefones.
Cá entre nós, missionários são tão chatos quanto bêbados de botequim que te fazem engolir suas grandes teorias.
Se um é obnubilado etílico, o outro foi intoxicado por uma ou outra ideologia seja ela religiosa ou não.
não há espaço para missionários na LIBERDADE, vamos repetir isso?
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